terça-feira, 1 de setembro de 2009

A FÉ CRISTÃ PRIMITIVA (Volume Único)

“A Fé Cristã Primitiva” é a reunião, em um só volume de 500 páginas, de todos os 6 livros da clássica Série "Citações Patrísticas".

Referida Série constitui uma hercúlea coletânea das palavras e ensinamentos dos Santos Padres da Igreja, aqueles homens que, no início da Era Cristã, sedimentaram as bases desta Fé, guiados pelo Espírito Santo.

Qual a importância de uma obra como esta para os nossos dias? Grandiosa, responderíamos. Não só pelo seu caráter histórico e doutrinário, mas ainda pelo contexto singular e confuso no qual vivemos nestes tempos.

Mas poderíamos ainda encontrar essa "Antiga Fé" no nosso "mundo moderno"? O presente compêndio demonstra que sim...


DETALHES DA OBRA:
  • Número de páginas: 500
  • Peso: 540 gramas
  • Edição: 1ª (2009)
  • Acabamento da capa: Papel supremo 250g/m², 4x0, laminação fosca.
  • Acabamento do miolo: Papel offset 75g/m², 1x1, cadernos fresados e colados
  • Formato: Médio (140x210mm), brochura sem orelhas

RECOMENDAÇÃO


Esta obra é especialmente recomendada a todos os que amam a única Igreja de Cristo e/ou se interessam pela literatura Patrística, especialmente sacerdotes, religiosos, seminaristas, catequistas e ministros extraordinários, além de leigos em geral que queiram conhecer a doutrina cristã tal como foi professada pela Igreja primitiva (e continua sendo pela Igreja contemporânea!).


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ÍNDICE DA OBRA

Prefácio do Volume Único (Taiguara Fernandes de Souza)

Introdução Geral (Carlos Martins Nabeto)

LIVRO 1 - A Palavra de Deus e a Profissão de Fé

Prefácio ao Livro 1 (Prof. Felipe Aquino)

Parte I - A Palavra de Deus
1. As Sagradas Escrituras: a Bíblia - a Tradução da Septuaginta - o Cânon Bíblico - o Antigo Testamento - o Novo Testamento - Inspiração da Bíblia - Inerrância Bíblica
2. A Sagrada Tradição: o Depósito da Fé - o Valor da Tradição - a Impossibilidade da Doutrina da Sola Scriptura
3. O Sagrado Magistério: o Magistério da Igreja - a Autoridade da Igreja
Parte II - A Profissão de Fé dos Primeiros Cristãos
- Credos da Igreja Primitiva

LIVRO 2 - Deus Pai, Filho e Espírito Santo

Prefácio ao Livro 2 (Prof. Alessandro Ricardo Lima)

Parte Única: Deus
1. A Santíssima Trindade: existência - unidade das Pessoas divinas - distinção das Pessoas divinas
2. Deus Pai: Deus - monoteísmo - o nome de Deus - Deus é todo-poderoso - Deus é justo, sábio e onisciente - Deus se relaciona com o homem - a graça divina - Deus deve ser amado
3. Jesus Cristo: seu nome - a encarnação do Verbo - verdadeiramente Deus e homem - filho único de Deus - sua primeira vinda - homem sem pecado - novo Adão - Verbo do Pai - amava perfeitamente sua Mãe - não teve irmãos consaguíneos - morreu verdadeiramente - desceu aos infernos - ressuscitou dos mortos - é redentor do gênero humano - seu sangue é valiosíssimo - sua vontade e conhecimento - todo homem deve confessá-lo - ultrajado por judeus e pagãos
4. O Espírito Santo: terceira Pessoa da Trindade - ação vivificante - procede do Pai e do Filho
LIVRO 3 - Maria, os Anjos e os Santos

Prefácio ao Livro 3 (Dr. Rafael Vitola Brodbeck)

Parte Única: Maria, os Anjos e os Santos
1. Maria: descendente de Davi - nova Eva - imaculada conceição - virgem antes do parto - virgem durante o parto - virgem após o parto - a sempre virgem Maria - assunção aos céus - Mãe de Deus - Maria e a Igreja - a mais bem-aventurada
2. Os Santos: existência - a predestinação de alguns - o martírio - a expansão da Igreja mediante a perseguição e o martírio - intercessão dos santos - possibilidade das aparições.
3. Os Anjos: existência - hierarquia - anjos da guarda
4. Imagens x Idolatria: veneração não é adoração - culto mariano - possibilidade do uso das imagens sagradas - o simbolismo das velas

LIVRO 4 - A Igreja de Cristo

Prefácio ao Livro 4 (Prof. Dr. Pe. Manoel Augusto Santos dos Santos)

Parte Única: A Igreja
1. A Igreja: instituição por Cristo - Cristo Cabeça - Corpo de Cristo - Cristo e Igreja - amada pelos fiéis - santa e pecadora - católica - pregação do Reino - fora não há salvação
2. Igreja Apostólica: pregação dos Apóstolos - fundamento apostólico - sucessão apostólica
3. Igreja Una: unicidade - unidade - verdadeira Igreja
4. Clero: função - hierarquia - título "padre" - poder para perdoar pecados - celibato
5. Fiéis Cristãos: identidade - imitadores de Cristo - filhos adotivos de Deus - comunhão com o clero - fé - fé e razão
6. O Papa: primazia da Igreja de Roma e do Papa - Pedro, a pedra - sucessor de Pedro - autoridade papal - presença e morte de Pedro em Roma
7. A Missa: liturgia - ação sagrada por excelência - sacrifício único de Jesus
8. Dias e Tempos Sagrados: domingo - solenidades diversas
9. Instrução Religiosa: catequese - sinal da cruz - decálogo - teologia
10. Oração: definição - Pai Nosso
11. Os Hereges: condenação

Livro 5 - Os 7 Sacramentos e a Criação

Prefácio ao Livro 5 (Marcos Monteiro Grillo)

Parte I: Os 7 Sacramentos
1. Existência dos Sacramentos
2. Batismo: necessidade - regeneração - batismo infantil - batismo por infusão - fórmula trinitária - batismo realizado por hereges - tempo preferencial
3. Confirmação: sacramento
4. Penitência: sacramento - conversão - confissão auricular - penas espirituais
5. Eucaristia: transubstanciação - culto eucarístico - comunhão na mão
6. Matrimônio: sacramento - indissolubilidade
7. Ordem: sacramento
8. Unção dos enfermos: sacramento - viático

Parte II: A Criação
1. A Obra de Deus: o bem e o mal - criação do mundo
2. O homem: definição - imagem e semelhança de Deus - corpo e alma - chamado por Deus - livre arbítrio - nada é sem Deus
3. O pecado: existência - pecado original - pecados pessoais - graus de pecado - renúncia do pecado - perdão dos pecados
LIVRO 6 - Escatologia e Questões Diversas

Prefácio ao Livro 6 (Ana Maria Bueno Cunha de Freitas)

Parte I - Escatologia
1. Morte: certeza - salvação - fé x obras
2. As Últimas Coisas: fim dos tempos - juízo final
3. Purgatório: existência - oração pelos falecidos
4. Inferno: diabo e demônios - exorcismo
5. A Nova Criação: ressurreição da carne - vida eterna

Parte II - Questões Diversas
1. Amor: caridade - pobreza x riqueza - sofrimento
2. Moral: aborto - castidade e virgindade
3. Esoterismo e Espiritismo: astrologia - magia - superstição - reencarnação
4. Direito: direito natural - direito eclesial - Igreja e Estado
5. Outros temas: dízimos e ofertas - milagres e sinais - a mulher - jejum - abstenção de sangue - miscelânea

Anexo: Relação de Padres e Escritores do Período Patrístico

Índice Onomástico

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APRESENTAÇÃO DE "A FÉ CRISTÃ PRIMITIVA" (por Taiguara F. de Souza)

Carlos Martins Nabeto é, sem dúvida, um dos maiores apologistas católicos do Brasil, reconhecido por seu trabalho em prol da verdadeira Fé – especialmente por meio do Apostolado Veritatis Splendor – não só nesta Terra de Santa Cruz, como também em todos os países lusófonos e em várias nações do mundo inteiro.

Um dos seus mais queridos e colossais projetos é esta “Série Citações Patrísticas”, que ora lança em volume único. “Citações Patrísticas” é uma hercúlea coletânea das palavras e ensinamentos dos Santos Padres da Igreja, aqueles homens que, no início desta Era Cristã, estabeleceram as bases da nossa Fé Católica, guiados pelo Espírito Santo.

Qual a importância de uma obra como esta de Carlos Martins Nabeto para os nossos dias? Grandiosa, responderíamos. Não só pelo seu caráter histórico e doutrinário, mas pelo contexto singular e estarrecedor no qual vivemos nestes tempos modernos.

Ao reunir herculeamente tantas palavras e ensinamentos dos primeiros Pais da Igreja, Carlos Martins Nabeto retorna realmente às origens, vai realmente no Cristianismo primitivo, e de lá, das bases, do alicerce de tudo, comprova-nos o maior temor de modernistas, protestantes e Teólogos da Libertação: a Igreja primitiva é exatamente esta mesma Igreja Católica de hoje!

Não houve mudança, não houve ruptura: a Igreja primitiva, a Igreja dos Santos Padres, dos primeiros cristãos, é a mesma Igreja Católica que vemos hoje, edificada sobre o Papa, governada por ele e pelos Bispos em comunhão com ele.

Quem, pois, rompeu com a Igreja primitiva? Quem, pois, rejeitou o patrimônio da Fé dos primeiros cristãos e quis inovar a tudo? Foram aqueles mesmos que, em nome do retorno às origens, rejeitaram a Cristo e sua única Igreja...

Reunindo estas citações dos Santos Padres, o Autor não só prestou um incomensurável serviço aos católicos desejosos de tomar sempre mais contato com os ensinos destes grandes homens, não só desferiu um golpe contra os que rejeitam a Igreja, como também faz um convite a todos os que, em nome deste pretenso “retorno às origens” – um retorno em tudo mal-conduzido –, justificam seus cismas, suas heresias, sua balbúrdia: esta é a única Igreja de Cristo, a Igreja Católica; se quiserem retornar às origens do Cristianismo, retornem a Ela, única guardiã e depositária fiel da verdadeira Fé.

E, neste sentido, desejamos ao Autor os melhores resultados com esta sua grande obra, “Citações Patrísticas”, para bem da Santa Igreja e de todos os homens.

Taiguara Fernandes de Souza
(Do Prefácio do Volume Único)

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Outras Declarações:

"É, assim, com muita alegria e satisfação que tomei conhecimento da obra de Carlos Martins Nabeto sobre os Padres da Igreja, da série "Citações Patrísticas", em seis volumes, onde é apresentada "a Fé Cristã" por meio de uma "Coletânea de Sentenças Patrísticas". Trata-se de um riquíssimo material para estudo dos fiéis e especialmente para os estudiosos de Teologia, e aborda uma grande quantidade de temas do Cristianismo. Rogamos a Deus que esta obra possa dar muitos frutos de salvação para a Sua Glória, para a edificação da Igreja e salvação das almas".

Prof. Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino
(Do Prefácio ao Volume 1)

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"A iniciativa de Carlos Martins Nabeto - grande apologista e estudioso das fontes primitivas da Fé - em colocar à disposição do público de língua portuguesa as citações dos Pais da Igreja, merece todos os nossos agradecimentos e aplausos. Com toda certeza esta obra é um verdadeiro presente, pois permite conhecer a confissão de Fé da Igreja Antiga, mostrando sua perene fidelidade à revelação de Deus sobre Si próprio. Faço votos para que as sementes que aqui são lançadas encontrem terreno fértil em muitos corações e dêem muitos frutos, 'cem por um, sessenta por um, trinta por um' (cf. Mateus 13,8)".

Prof. Alessandro Ricardo Lima
(Do Prefácio ao Volume 2)

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"Que a leitura de mais essa pérola do meu amigo Carlos Nabeto eleve nossa alma a Deus, confirmando-nos na fé de nossos Pais 'Agostinho, Basílio, Efrém, Atanásio, Crisóstomo, Ambrósio, Leão, Gregório' etc., e sirva de instrumento para a conversão de tantos irmãos separados, para que, de volta à Igreja Católica, louvem Maria e os Santos, para a perfeita adoração de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, Rei do universo".

Dr. Rafael Vitola Brodbeck
(Do Prefácio ao Volume 3)

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"É de grande importância o poder aproximar-se dessa herança proveniente dos escritores dos primeiros séculos. Colocar uma Antologia de textos desse nível ao alcance do grande público é de valor indiscutível. Os cinco anos de pesquisa, coletânea e sistematização temática do Autor reverterão em proveito dos leitores agradecidos".

Prof. Dr. Pe. Manoel Augusto Santos dos Santos
(Do Prefácio ao Volume 4)

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"Esta obra contém citações relacionadas não só com teologia dos sacramentos, mas também com cosmologia, filosofia da natureza e antropologia teológica e filosófica. Pedimos a Deus que, pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, derrame sobre o autor a Sua graça, concedendo-lhe força e saúde para continuar esse belíssimo trabalho de divulgação dos escritos patrísticos e da sã doutrina católica. E suplicamos a Deus para que um número cada vez maior de pessoas possa ter acesso não só à presente obra, mas a todos os volumes desta excelente série. Para a maior glória de Deus!"

Marcos Monteiro Grillo
(Do Prefácio ao Volume 5)

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"Só podemos vislumbrar e acreditar nos grandes frutos desta obra, já que nos faz caminhar nos passos seguros destes homens – nossos Pais na fé -, que nos convidam a fixar os olhos em Cristo nosso Senhor e em suas promessas. Tenho confiança que este escrito será para todos uma nova mina de instrução. Pedindo a Deus, pela intercessão da Santíssima Virgem, filha primogênita e Mãe da graça, que abençoe este trabalho, o autor e sua família, assim como todos os leitores que terão os pés firmes na rocha que é Cristo, para Glória de Deus, pelos méritos de Cristo e pela força do divino Espírito Santo".

Ana Maria Bueno da Cunha
(Do Prefácio ao Volume 6)

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"Caro Carlos, agradeço-lhe a remessa do primeiro volume da sua benemérita coleção patrística. Faço votos para que consiga terminá-la até o sexto volume. Que Deus o ilumine sempre para o bem dos nossos irmãos".

Pe. Estêvão Bettencourt, OSB
(E-Mail de 30.Jul.2007)

"Caro Carlos, congratulo-me com você pela bela obra que está realizando, em particular pelo envio do segundo volume da série muito interessante. Que o Espírito Santo lhe dê força para fazer seu empreendimento, que deve beneficiar muitos leitores e estudantes. Rezo nesta intenção. Atenciosamente".

Pe. Estêvão Bettencourt, OSB
(E-Mail de 12.Set.2007)

AMOSTRA: MARIA, A NOVA EVA

“Porei inimizades entre a serpente e a mulher e entre a sua posterioridade e a posterioridade dela” (Gênesis 3,15).

A Virgem Maria cooperou para a salvação humana com livre fé e obediência. Pronunciou o seu “faça-se” em representação de toda a natureza humana. Pela sua obediência, tornou-se a nova Eva, Mãe dos viventes (Catecismo da Igreja Católica §511).

Justino Mártir
"Entendemos que [Jesus] se fez homem, por meio da Virgem, a fim de que o caminho que deu origem à desobediência instigada pela serpente fosse também o caminho que destruísse a desobediência. Eva era virgem e incorrupta; concebendo a palavra da serpente, gerou a desobediência e a morte. A Virgem Maria, porém, concebeu fé e alegria quando o anjo Gabriel lhe anunciou a boa nova de que o Espírito do Senhor viria sobre ela; a força do Altíssimo a cobriria com sua sombra, de modo que o Santo que dela nasceria seria o Filho de Deus. Então respondeu ela: 'Faça-se em mim segundo a tua palavra'. Da Virgem, portanto, nasceu Jesus, de quem falam as Escrituras (...) aquele por quem Deus destrói a serpente" (Diálogo com Trifão 100,4-5).

Ireneu de Lião
"Por conseguinte (...) encontra-se Maria, Virgem obediente (...) Eva, ainda virgem, fez-se desobediente e tornou-se para si e para todo o gênero causa de morte. Maria, Virgem obediente, tornou-se para si e para todo o gênero humano causa de salvação (...) A partir de Maria até Eva retoma-se o mesmo círculo. Não existe outro modo de desatar o nó a não ser fazendo com que os fios da corda onde se deu o nó percorram o sentido contrário (...) Eis porque Lucas inicia a genealogia de Jesus começando pelo Senhor indo até Adão [Luc. 3,23-38], evidenciando que o verdadeiro movimento da geração não procede dos antepassados até Cristo, mas vai de Cristo a eles segundo o Evangelho da Vida. Assim é que a desobediência de Eva foi resgatada pela obediência de Maria. Com efeito, o nó que a virgem Eva atou com a incredulidade, Maria o desatou com a fé" (Contra as Heresias 3,22,4).
"Da mesma forma que aquela (Eva) foi seduzida para desobedecer a Deus, esta (Maria) foi persuadida a obedecer a Deus, por ser ela, a Virgem Maria, a advogada de Eva. Assim, o gênero humano, submetido à morte por uma virgem, foi dela libertado por uma Virgem, tornando-se contrabalanceada a desobediência de uma virgem pela obediência de outra" (Contra as Heresias 5,19).
"Foi por meio de uma virgem (=Eva) desobediente que o homem foi golpeado, caiu e morreu. Da mesma forma, é pela Virgem [Maria], obediente à Palavra de Deus, que o homem (...) encontrou de novo a vida (...) Era justo e necessário que Adão fosse restaurado em Cristo, a fim de que o mortal fosse absorvido e tragado pela imortalidade e Eva fosse reconstruída em Maria. Deste modo, uma Virgem feita advogada de uma virgem, cancelou e anulou a desobediência de uma virgem com a sua obediência de virgem" (Demonstração da Pregação Apostólica 33).

Efrém da Síria
"O anjo Gabriel foi enviado a Maria para preparar uma morada para o seu Senhor. Nela, a raça dos homens vis e insignificantes se uniu com a raça divina que está acima de todas as paixões (...) Pela prole de Maria, tem sido abençoada aquela mãe que foi amaldiçoada em seus filhos [Gen. 3,16], trazendo bênçãos, as mais profundas, a esta mulher cuja prole destruiu a morte e a Satanás. E no seio de Maria se fez criança Aquele que é igual a seu Pai desde a eternidade; comunicou-nos sua grandeza e assumiu nossa pequenez; conosco se fez mortal e nos infundiu sua vida a fim de livrar- nos da morte (...) Maria é o jardim ao qual desceu do Pai a chuva da bênção. Esta aspersão chegou até o rosto de Adão e, assim, Este recobrou a vida e se levantou do sepulcro, já que por seus inimigos tinha sido sepultado no Xeol" (Carmina Soguita 1).

Epifânio de Salamina
"Numa consideração exterior e aparente, dir-se-ia que de Eva derivou a vida (...) Na verdade, é de Maria que deriva a verdadeira Vida para o mundo; é ela que dá à luz o Vivente; é ela a Mãe dos viventes".
"Eva trouxe ao gênero humano uma causa de morte: por ela, a morte entrou no orbe da terra; Maria trouxe uma causa de vida e por ela a vida se estendeu a nós. Foi por isso que o Filho de Deus veio a este mundo: para que, onde abundou o delito, superabundasse a graça; onde a morte havia chegado, aí chegou a vida, para tomar seu lugar; e aquele mesmo que nasceu da mulher para ser nossa vida, haveria de expulsar a morte, introduzida pela mulher. Quando ainda virgem no paraíso, Eva desagradou a Deus por sua desobediência. Por isto mesmo emanou da Virgem [Maria] a obediência própria da graça, depois que se anunciou o advento do Verbo revestido de corpo, o advento da eterna Vida do céu" (Panárion 78,18,1-3).

Agostinho de Hipona
"Pelo sexo feminino caiu o homem e pelo sexo feminino encontrou o homem a sua reparação, pois uma Virgem deu à luz ao Cristo; e uma mulher anunciou a ressurreição! Pela mulher veio a morte; pela mulher chegou a vida!" (Sermão 232,2).
"Nossa primeira queda teve lugar quando a mulher de quem herdamos a morte concebeu, em seu coração, o veneno da serpente. A serpente, com efeito, a persuadiu a pecar e este mau conselho encontrou guarida em seus ouvidos. Se nossa primeira queda teve lugar quando a mulher concebeu em seu coração o veneno da serpente, não há de estranhar-nos que nossa saúde tenha sido restaurada quando outra mulher concebeu em seu seio a carne do Todo-Poderoso. Um e outro sexo tinham caído; um e outro tinham que ser restaurados. Por uma mulher fomos entregues à morte; por uma mulher nos foi devolvida a saúde" (Sermão 289,2).

(extrato retirado do Volume 3, páginas 22 a 25).

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